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Almôndegas de Peixe Boi?

  • Foto do escritor: daquiloquesecome
    daquiloquesecome
  • 2 de ago.
  • 2 min de leitura

Você sabia que um dos primeiros relatos sobre almôndegas no Brasil data do século XVIII? E que as almôndegas eram feitas com carne de peixe boi? Não sabia? Então, vem comigo conhecer mais essa história. Corria o ano de 1618, quando Ambrósio Fernandes Brandão, em seu livro "Diálogos das grandezas do Brasil" narra que:


"Este pescado se toma e pesca às farpoadas pelos rios aonde desembocam os de água doce, e comido tem o mesmo sabor e gosto da carne de vaca, sem haver nenhuma diferença de uma cousa a outra, entanto que, se misturarem ambas as carnes em uma panela dificilmente se conhecerá uma da outra. E por este respeito se come este pescado cozido com couves, e se faz dele picados e almôndegas, com aproveitamento para tudo o de que se usa da carne de vaca, e algumas pessoas a dei para comer e lhes não disse o que era, e ficaram entendendo que comiam carne de vaca"(1).


Importante observar da narrativa de Ambrósio é que da carne do peixe boi se faziam as almôndegas. E ainda, com está carne também se fazia cozida com couves.

Mas, o relato também nos permite conhecer que o sabor da carne de peixe boi era parecido com o da carne de vaca, tanto que "se misturarem ambas as carnes em uma panela dificilmente se conhecerá uma da outra"(2). De fato, essa característica era usual. Em vários relatos até o seculo XIX, é possível encontrar essa semelhança de sabores. Portanto, a carne de peixe boi, era bastante consumida e apreciada por toda a Amazônia até o início do século XX.


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📚✍️🏽 Referências.


🛎O conteúdo deste blog está protegido pela lei n° 9.610 datada de 19-02-1998. Ao utilizá-los, não se esqueça de dar os créditos.


📸 Título: Viagem Filosófica às Capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá (Vol. 1). Autor: Alexandre Rodrigues Ferreira.Editora: Gráficos Brunner Ltda.Edição: 1ª Edição. Ano: 1970.


(1)(2) BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010. p, 248.


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