Home sweet home.
- daquiloquesecome
- 18 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Você sabe a origem do termo Home Sweet Home? Um dos termos que na atualidade é extremamente popular e está aasociado a casa e de certo modo "ao conforto que ela pode nos passar". Praticamente toda loja de produtos para casa e cozinha tem algum utensílio ou objeto de decoração que tenha inscrito "Home Sweet Home" não é verdade!? Pode ser um porta chaves, um quadro, uma tábua para cozinha ou vaso. Muitos são os itens que "trazem" o termo para dentro das nossas casas.
Você sabia que o termo tem origem na Inglaterra na época vitoriana? E qual a relação dele com o mundo da alimentação e suas práticas?
O termo surge na era vitoriana e no seio da burguesia abastada formada pelos lucros da Revolução Industrial. "Home Sweet Home, está associado ao sentimento da casa ser um refúgio, mas, sobretudo, desta casa ter todas as comodidades que o dinheiro poderia comprar. E isso incluía móveis apropriados, talheres, conjuntos de louças de cozinha e "empregados" para gerir todos estes códigos e práticas sociais. Assim, como nos esclarece o historiador Ariovaldo Franco: "Difundiu-se o uso das baixá-las de metal prateado(sheffield plate), (...) Da mesma maneira, a porcelana pintada à mão era substituída pelos vistosos serviços produzidos em série e decorados segundo a técnica do transfer print". (1)Assim, "Home Sweet Home" era uma uma forma de viver bem para a burguesia inglesa. É nesse momento que: "Para a burguesia vitoriana, o lar representava um refúgio ameno onde a vida era codificada segundo a interpretação vitoriana dos princípios cristãos. Nesses oásis de segurança e bem-estar, cunhou-se a expressão Home sweet home".(2) Um oásis que pertencia a uma burguesia abastada e que desejava viver se espelhando no luxo da Aristocracia. O termo home sweet home, na sua origem não era tão democrático quanto nos dias recentes.
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📚✍🏽 Referências.
📸 Canva.
(1)(2) Franco, Ariovaldo, De caçador a gourmet:uma história da gastronomia. 4 ed. Rev. São Paulo:Editora Senac São Paulo, 2006, p, 219; 221.
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